Por: Márcia Camargo
Se pararmos para pensar, o trânsito reflete um pouco a sociedade:
violência, desrespeito as leis, arrogância, egoísmo. Eu poderia dizer que a
cada ANO os índices crescem assustadoramente, mas eu prefiro dizer que a cada
DIA isso evidencia-se na sociedade. É essa crise de valores, diante do mito do
carro (símbolo de status e
poder) que o trânsito nos mostra o individualismo, a impunidade e a falta de
solidariedade. Quando você pensa que a sua pressa ou comodidade são
prioridades, torna-se mais uma vítima de outros que assim também pensam. Todos
corremos o risco de encontrar com motoristas embriagados, imprudentes, que nos
cortam a frente ou que estacionam em frente a nossa garagem, não é mesmo?
Também não é raro constatar que os carros não param nas faixas de
segurança e que os pedestres muitas vezes desconfiados não utilizam as faixas
de segurança, mas se por algum motivo aquela sinalização está lá ela deve ser
obedecida e utilizada conforme as leis, tanto quanto os semáforos.
Itaqui é uma cidade pequena e deveria ser tranquila, porém a quantidade
de acidentes que ocorrem é assustadora e a imprudência é cada vez maior. Se por
um lado o cidadão contribui com uma parcela significativa dos problemas do
trânsito e não conhece ou não exige seus direitos, por outro, falta aos órgãos
responsáveis vontade política em tratar devidamente o assunto. “Vimos
diariamente, motociclistas desrespeitando as sinalizações, carros andando em
alta velocidade e sem contar que muitas pessoas não possuem carteira de
habilitação”. Algo extremamente preocupante para nossa sociedade.
Na
próxima semana traremos aqui em nossa coluna, entrevistas com pedestres,
motoristas e com responsáveis pelos órgãos de trânsito, que poderem e quiserem
se manifestar, também alguns dados estatísticos do trânsito de Itaqui, às
vezes, quando vemos os números percebemos melhor a gravidade do caso.
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