sábado, 13 de outubro de 2012

TRÂNSITO: Um reflexo sócio-político-cultural


                Por: Márcia Camargo
    Se pararmos para pensar, o trânsito reflete um pouco a sociedade: violência, desrespeito as leis, arrogância, egoísmo. Eu poderia dizer que a cada ANO os índices crescem assustadoramente, mas eu prefiro dizer que a cada DIA isso evidencia-se na sociedade. É essa crise de valores, diante do mito do carro (símbolo de status e poder) que o trânsito nos mostra o individualismo, a impunidade e a falta de solidariedade. Quando você pensa que a sua pressa ou comodidade são prioridades, torna-se mais uma vítima de outros que assim também pensam. Todos corremos o risco de encontrar com motoristas embriagados, imprudentes, que nos cortam a frente ou que estacionam em frente a nossa garagem, não é mesmo?
   Também não é raro constatar que os carros não param nas faixas de segurança e que os pedestres muitas vezes desconfiados não utilizam as faixas de segurança, mas se por algum motivo aquela sinalização está lá ela deve ser obedecida e utilizada conforme as leis, tanto quanto os semáforos.
    Itaqui é uma cidade pequena e deveria ser tranquila, porém a quantidade de acidentes que ocorrem é assustadora e a imprudência é cada vez maior. Se por um lado o cidadão contribui com uma parcela significativa dos problemas do trânsito e não conhece ou não exige seus direitos, por outro, falta aos órgãos responsáveis vontade política em tratar devidamente o assunto.  “Vimos diariamente, motociclistas desrespeitando as sinalizações, carros andando em alta velocidade e sem contar que muitas pessoas não possuem carteira de habilitação”. Algo extremamente preocupante para nossa sociedade.
Na próxima semana traremos aqui em nossa coluna, entrevistas com pedestres, motoristas e com responsáveis pelos órgãos de trânsito, que poderem e quiserem se manifestar, também alguns dados estatísticos do trânsito de Itaqui, às vezes, quando vemos os números percebemos melhor a gravidade do caso.


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